Will Eisner1, consciente que era de seu papel na sociedade e preocupado com os estereótipos formados pela literatura, teve a coragem de revisitar um clássico de Charles Dickens, "Oliver Twist"2. No qual Fagin, é retratado no romance como um velho judeu delinquente que treina e ensina jovens a serem ladrões. Tem sua origem recontada por Eisner, em "Fagin, o judeu"3, uma vez que esse estereótipo, criado por Dickens, serviu apenas para, de certa forma, causar uma má impressão em todo um povo. O próprio Eisner, ao criar "O Spirit", seu personagem de maior destaque, estereotipou "Ébano", um jovem negro e ajudante do Spirit, e procurou se retratar.
Originalmente publicada como "Fagin, the jew", em 2003, é então editada no Brasil pela Companhia da Letras4. O autor tenta redimir o romance e seu caráter anti-semita, no qual Fagin se viu forçado a agir daquela forma, por força da circunstância e de todo sofrimento que teve na vida. Uma estória muito bonita e que nos reporta a releitura do clássico de Dickens.
1. WILL Eisner. Disponível em: <http://www.willeisner.com/> Acesso em: 23 nov 2012.
2. WIKIPÉDIA. Oliver Twist. Atualizado em: 25 out 2012. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Oliver_Twist> Acesso em: 23 nov 2012.3. EISNER, Will. Fagin, o judeu. Tradução: André Conti. São Paulo, Companhia da Letras, 2005. 3ª reimpressão, 2011.
4. COMPANHIA das Letras. Fagin, o judeu. Disponível em: <http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=11893> Acesso em: 23 nov 2012.
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